(Rosto – Miragem // Miragem – Rosto)
Carvão e crayon noir sobre papel pela A3
Duas obras, ao serem colocadas juntas, geram, naturalmente, uma terceira. Quando se entra no universo das abstrações, isso é ainda mais forte, porque as analogias com o mundo considerado real se multiplicam – e cada observador passa a ver aquilo que lhe parece ser mais evidente. O nome dos trabalhos, nesse contexto, direciona leituras. No presente caso, há a ideia de rosto humano e de paisagem, mas, sem esse indicativo, o conteúdo fica bem mais aberto e talvez exista uma reflexão maior de quem vê sobre os recursos plásticos em si mesmos. As variações de posição, naturalmente, multiplicam essas possibilidades de leitura.
Oscar D’Ambrosio
